Eu e o Luis Eduardo Sandrin Assis, alunos de jornalismo da Unaerp, resolvemos investir na pauta. Luis Eduardo foi a campo e conseguiu material e entrevistas para montar a matéria. Tive o privilégio de ser o editor da mesma que já esta no ar no site da AGE desde o dia 4 de outubro. http://www.unaerp.br/age/index.php/allreportagens/162-topiaria-de-batatais-desaparece-com-o-tempo.html
Para nossa surpresa, a matéria teve repercussão local na edição do último sábado do O Jornal de Batatais que publicou na integra a matéria, e repercussão regional já que o jornal Tribuna Ribeirão também destacou a matéria, inclusive com destaque de capa, na edição do último domingo. Jornal Tribuna que me convidou para fazer as fotos de tal matéria.
Confira abaixo a matéria e as fotos do abandono da topiaria em Batatais.
Topiaria de Batatais desaparece com o tempo
Reportagem: Luis Eduardo Sandrin de Assis
Edição: Rogério Moroti
As esculturas em topiaria, que juntamente com o maior acervo sacro do pintor Candido Portinari, que fizeram de Batatais estância turística do estado de São Paulo estão desaparecendo no município. Topiaria é a arte de fazer esculturas de várias formas moldadas em arbustos de diversas espécies. Batatais reunia diversos pontos onde a arte era realizada. Ao longo do tempo, alguns desses locais tiveram arrancadas suas “obras de arte”.
Sem pernas, este animal, além de irreconhecivel, se apoia em "pernas de pau"
É o caso do estádio Dr. Oswaldo Scatena, onde, ao redor do gramado, existiam além de jogadores estilizados a inscrição do nome do estádio e sua data de fundação. No casarão que foi sede da Casa da Cultura da cidade, além do nome do local havia várias figuras ligadas à cultura, como um pianista em tamanho real, além de várias obras espalhadas nas praças da cidade que hoje sobrevivem secas e desfiguradas, tornando irreconhecíveis seus desenhos.
De acordo com o chefe do departamento de jardins e praças da Prefeitura de Batatais, Paulo Bérgamo, quando ele entrou para o cargo, em 1989, já não existia mais topiaria em muitos pontos da cidade. Haviam se desmanchado com o tempo, restando somente algumas na Praça da Matriz.
Gato, cachorro, mula, cavalo? O que seria este animal?
Segundo Bérgamo, a topiaria é um trabalho muito delicado porque, além de regar, adubar e podar, as esculturas devem passar por um processo de revitalização pelo menos uma vez ao ano, para que se mantenham vivas. Esse processo é feito com produtos específicos e com jardineiros que dominem a arte para que possam limpá-las e podá-las de forma correta. “As obras de topiaria são como os cabelos, sempre devem estar sendo cortados e cuidados”, disse Bérgamo.
O portico hà muito tempo já não ostenta o nome da cidade
Ele afirma que em breve haverá uma revitalização nas obras com a chegada de alguns funcionários que serão ensinados e instruidos para cuidar das obras, além de um projeto para 2011, que vai ensinar a técnica para jovens e adolescentes que se interessam pela arte. “O viveiro já foi construído, já tem varias mudas plantadas no local. Só estamos esperando elas crescerem um pouco para começarmos a trabalhar nelas e ensinar todos que estiverem interessados em aprender a técnica”, revelou Bérgamo.
O secretario de esporte e turismo Antonio Carlos Corrêa disse que as esculturas fazem falta, tanto para embelezar como para dar à cidade o título de referência em jardinagem na região, já que o município por diversas vezes foi tema de documentários e reportagens sobre o cultivo da topiaria. Corrêa afirma que para criar novas esculturas e revitalizar rapidamente as obras é preciso redobrar o quadro de funcionários e se defende dizendo que a Prefeitura investe muito em outros pontos turísticos, e no momento não é possível que algum funcionário se dedique exclusivamente à manutenção das esculturas.
A falta de renovaçao esta as claras
“A topiaria é um trabalho muito delicado, não só para se desenvolver mas também para se cultivar e fazer suas restaurações. Para trabalhar com essas esculturas é preciso tempo e dedicação exclusiva a esse trabalho. O profissional deve ser capacitado e ter experiência, caso contrario ele mata a planta ou acaba com o desenho”, afirmou.
Corrêa diz que no momento seriam necessários mais de 100 funcionários somente para cuidar das praças e jardins do município, o que, segundo ele, é uma opção inviável.
Coitado do elefante! Jà perdeu as presas e o rabo.
Quando criança, meu Pai tirou inúmeras fotos minhas e de minha irmã, sentadas num sofá que não existe mais. Era um sofá arredondado com duas belíssimas poltronas laterais, todos em topiaria. Havia um elefante perfeito! Dois bois com chifres pontudos, um de frente ao outro, chamavam a atenção, pela perfeição. Que pena que tudo isto se acabou. :(( Lamentável!!
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